O fator humano na cibersegurança e a importância da conscientização de funcionários

Descubra como o fator humano impacta a cibersegurança e por que a conscientização dos funcionários é essencial contra ameaças cibernéticas.

05/09/2024 Aprox. 11min.
O fator humano na cibersegurança e a importância da conscientização de funcionários

O fator humano é uma das peças mais importantes na segurança cibernética, desempenhando um papel determinante na defesa das empresas contra ameaças digitais. Mesmo com as tecnologias mais avançadas implementadas, a vulnerabilidade humana pode se tornar o elo mais fraco de qualquer estratégia de cibersegurança. Por isso, a conscientização e o treinamento dos funcionários são fundamentais.

Há inúmeros exemplos que ilustram a importância do fator humano na cibersegurança. Um dos casos mais comuns é o phishing, onde um funcionário, inadvertidamente, clica em um link malicioso ou compartilha informações confidenciais, abrindo a porta para cibercriminosos. 

Esse tipo de erro aparentemente simples, pode resultar em violações de dados significativas, causando prejuízos financeiros e danos à reputação do negócio. Por isso, mais do que adotar ferramentas de proteção, é imprescindível que cada membro da equipe compreenda seu papel na defesa contra ataques, reconhecendo ameaças e adotando comportamentos que fortalecem a segurança da empresa. 

Continue a leitura para entender melhor como otimizar as estratégias de segurança cibernética, considerando a linha de frente de sua empresa: o fator humano.

Por que os funcionários são a primeira linha de defesa

Segundo o relatório da Fortinet, o Brasil liderou as tentativas de ataques cibernéticos (mais 23 bilhões) na América Latina, no primeiro semestre de 2023. Um dos principais pontos de atenção à cibersegurança é o comportamento inadequado de indivíduos e funcionários, que, se negligenciarem as práticas de segurança, podem, inadvertidamente, abrir brechas que cibercriminosos estão prontos para explorar.

O comportamento dos funcionários tem um impacto significativo na postura de segurança da empresa. Por exemplo, um funcionário que adota boas práticas de segurança, como o uso de senhas fortes e únicas, a ativação de autenticação multifator (MFA) e a cautela ao abrir e-mails de remetentes desconhecidos, contribui para a criação de uma barreira robusta contra ataques cibernéticos.

Por outro lado, comportamentos descuidados, como o compartilhamento de senhas, a utilização de dispositivos USB não autorizados ou a falta de atenção a possíveis tentativas de phishing, podem aumentar drasticamente os riscos de segurança. 

Isso reforça a importância de uma conscientização contínua e de treinamentos específicos para que os funcionários estejam sempre preparados para identificar e lidar com potenciais ameaças cibernéticas.

Tipos comuns de ameaças que visam o fator humano

Os funcionários de uma empresa são frequentemente alvos de diversas ameaças cibernéticas, muitas das quais exploram vulnerabilidades humanas em vez de falhas técnicas. Entre essas ameaças, o phishing e o spear phishing se destacam como os métodos mais comuns e eficazes.

Outra ameaça significativa é a engenharia social, que envolve manipular as pessoas para que realizem ações que comprometem a segurança. Esses ataques podem ocorrer de várias formas, como telefonemas em que o atacante se passa por um membro da equipe de TI para obter senhas ou outras informações confidenciais. Assim, infelizmente, a engenharia social pode ser incrivelmente eficaz, pois se baseia na confiança e na disposição das pessoas em ajudar, tornando-a uma das ameaças mais perigosas.

Além dessas técnicas, o uso inseguro de dispositivos e senhas fracas também representa riscos significativos. Funcionários que utilizam dispositivos pessoais para acessar redes corporativas, sem as devidas precauções de segurança, podem expor dados críticos a ataques.

Da mesma forma, o uso de senhas fáceis de adivinhar, ou a reutilização de senhas em várias plataformas, aumenta consideravelmente a vulnerabilidade a ataques. Esses fatores reforçam a necessidade de práticas de segurança rigorosas e da conscientização contínua dos funcionários para mitigar essas ameaças.

Boas práticas de segurança para empresas:

1. Evitar senhas fracas

  • Utilize senhas fortes, únicas e longas para cada conta.
  • Evite o uso de senhas comuns, como datas de aniversário ou nomes de familiares.
  • Habilite a autenticação multifator (MFA) sempre que disponível.

2. Cuidado com phishing e engenharia social

  • Nunca clique em links ou abra anexos em emails suspeitos, especialmente de remetentes desconhecidos.
  • Verifique a autenticidade de qualquer pedido de informações confidenciais, mesmo que pareça vir de uma fonte confiável.
  • Desconfie de mensagens que criem um senso de urgência ou pedem ações rápidas.

3. Gerenciar o uso de dispositivos USB

  • Não conecte dispositivos USB desconhecidos em computadores da empresa.
  • Use dispositivos USB criptografados e aprovados pela empresa.
  • Evite transferir dados confidenciais por meio de dispositivos removíveis, sempre que possível.

4. Manter softwares atualizados

  • Instale atualizações e patches de segurança regularmente.
  • Nunca ignore notificações de atualização de softwares ou antivírus.

5. Proteger informações sensíveis

  • Não compartilhe informações confidenciais, como senhas, por email ou aplicativos de mensagem.
  • Use canais seguros para troca de informações sensíveis.
  • Mantenha os dados da empresa criptografados quando armazenados ou transmitidos.

6. Usar redes seguras

  • Evite se conectar a redes Wi-Fi públicas sem proteção VPN.
  • Certifique-se de que a rede usada é segura e criptografada, especialmente quando acessando informações sensíveis.

7. Realizar backup regularmente

  • Certifique-se de que backups de dados importantes são feitos regularmente.
  • Garanta que os backups estejam protegidos contra acessos não autorizados.

8. Seguir políticas de acesso

  • Não compartilhe credenciais de login com colegas ou terceiros.
  • Use apenas sistemas e ferramentas fornecidos e autorizados pela empresa.
  • Revise regularmente as permissões de acesso e remova contas inativas.

A importância da conscientização e treinamento em cibersegurança

Sem o conhecimento adequado, até mesmo os sistemas de segurança mais avançados podem ser comprometidos por erros humanos. A conscientização em cibersegurança capacita os funcionários a reconhecerem ameaças potenciais, como e-mails de phishing, tentativas de engenharia social e outras práticas maliciosas. Além disso, ela os instrui sobre a importância de seguir as políticas de segurança da empresa, contribuindo para um ambiente digital mais seguro e resiliente.

Por isso, investir em treinamento regular traz inúmeros benefícios. Um programa de treinamento bem estruturado aumenta a capacidade dos funcionários de identificar e responder a ameaças em tempo real, reduzindo a probabilidade de ataques bem-sucedidos.

Além disso, o treinamento regular também mantém os funcionários atualizados sobre as novas táticas e técnicas utilizadas por cibercriminosos e reforça as boas práticas de segurança, como o uso de senhas fortes e a adoção de medidas de proteção ao usar dispositivos pessoais para o trabalho, fatores que colaboram para uma excelente cultura de segurança dentro da empresa, onde todos estão cientes de seu papel na proteção dos dados e da infraestrutura.

Nesse cenário, nossa equipe de especialistas em cibersegurança trabalha em estreita colaboração com cada cliente para entender suas necessidades específicas e os desafios que enfrentam, desenvolvendo programas de conscientização que abordam diretamente os riscos mais relevantes para sua organização.

Impacto da cultura organizacional na cibersegurança

Quando a segurança se torna um valor central, embutido em todos os níveis da organização, ela passa a ser parte integrante das operações diárias e das atitudes dos colaboradores. Essa cultura de segurança começa com o exemplo dado pela liderança, que deve demonstrar um compromisso sólido com a proteção de dados e a segurança cibernética, promovendo a conscientização e o engajamento entre todos os funcionários.

Para fomentar uma cultura de segurança, é essencial que as políticas e práticas de cibersegurança sejam claramente comunicadas e reforçadas regularmente, com a realização de campanhas internas de conscientização, workshops, treinamentos periódicos e a criação de uma comunicação aberta sobre os riscos e incidentes de segurança.

Quando os funcionários compreendem a importância da segurança cibernética e como suas ações individuais podem impactar a empresa, eles se tornam mais vigilantes e proativos em proteger os ativos digitais da organização.

A IB Cyber Security é uma parceira estratégica na criação e fortalecimento de uma cultura de segurança dentro das organizações. Com nossa experiência em segurança cibernética, ajudamos as empresas a desenvolver programas de conscientização personalizados que se alinham aos seus objetivos de segurança e necessidades específicas. Entre em contato conosco e vamos juntos fortalecer a segurança cibernética de seus negócios.

Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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