Gestão de vulnerabilidade: como adotar um plano de análise e correção na sua empresa?

Uma das ações mais importantes de qualquer empresa é se manter protegido dos riscos que as redes podem oferecer, especialmente em relação às informações. Essa é uma decisão estratégica e que necessita de uma gestão de vulnerabilidade!

20/04/2022 Aprox. 13min.
Gestão de vulnerabilidade: como adotar um plano de análise e correção na sua empresa?

Uma das ações mais importantes de qualquer empresa é se manter protegido dos riscos que as redes podem oferecer, especialmente em relação às informações. Essa é uma decisão estratégica e que necessita de uma gestão de vulnerabilidade!

Mas, como fazer isso de forma preventiva e proativa? Quais ferramentas utilizar neste processo? Trouxemos algumas respostas a seguir. Continue a leitura!

O que é análise de vulnerabilidades?

A análise de vulnerabilidades é caracterizada pelo conjunto de processos que possibilitam mapear os problemas que afetam a rede de sistemas de TI. Se trata de uma avaliação ampla, que indica onde e quais são as fragilidades desta infraestrutura.

Ao encontrar onde e quais são os problemas, os gestores podem tomar medidas de segurança para corrigir os erros e se proteger das ameaças.

Além disso, a análise de vulnerabilidade também auxilia na melhora do desempenho dos sistemas, sendo um ponto de partida para a implantação de novas soluções na empresa.

Quais são os principais tipos de vulnerabilidades?

O primeiro passo para proteger a rede de sistemas da sua empresa é conhecer os tipos de vulnerabilidade que podem colocar em risco a segurança das informações. Abaixo, listamos os principais:

  • Erro humano: acontece por causa de erros de colaboradores que não são devidamente treinados ou que desejam prejudicar a empresa;
  • Estrutura física: diz respeito ao controle de acesso às instalações físicas da empresa, como data centers;
  • Condições naturais: são ameaças que podem afetar o funcionamento adequado dos sistemas, como quedas de energia, vazamentos de água ou incêndios;
  • Má configuração: equipamentos de hardware instalados de forma incorreta ou software desatualizado são exemplos de problemas que impactam diretamente na segurança da rede;
  • Erros de codificação: causados por falhas no desenvolvimento dos sistemas, que podem ser mitigadas aplicando o conceito de “secure by design” bem como realizando Pentest no ambiente de desenvolvimento antes de colocar em produção um novo sistema ou uma nova versão;
  • Dispositivos externos: uso de pendrives e HDs de uso externo podem comprometer a integridade, disponibilidade e confidencialidade dos sistemas;
  • Uso de meios de comunicação: a utilização de softwares não homologados, como Whatsapp ou Skype, representam um grande risco à segurança da rede.
  • Mudanças e novas versões: sempre que se introduz uma nova funcionalidade, uma nova versão de sistemas ou mesmo um produto inovador, gera-se uma oportunidade de novas vulnerabilidades ainda não conhecidas, denominadas de “zero day” ou vulnerabilidade do dia zero.

Como fazer a gestão de vulnerabilidades?

Agora que já conhecemos os principais tipos de vulnerabilidades que a empresa pode estar exposta, chegou a hora de colocar o conhecimento em prática.

Seguem abaixo os próximos passos importantes para realizar a gestão de vulnerabilidade:

1) Identifique os seus ativos de TI

Toda a infraestrutura de hardwares, softwares e peopleware deve estar mapeada e registrada através de inventários e relatórios que podem ser automatizados empregando ferramentas como Loqed.

2) Realize um scanner de vulnerabilidades

Essa é uma etapa primordial e exige a utilização de uma ferramenta específica para identificar as vulnerabilidades do ambiente.

O scanner realiza uma varredura em IP´s externos - além dos ativos na rede interna - e categoriza os riscos de acordo com o nível, identificando as possíveis brechas na segurança.

É uma solução que deve ser feita de forma periódica e contínua, aplicando as correções sempre que for necessário.

3) Avaliação dos riscos e vulnerabilidades

A próxima etapa é listar e classificar as vulnerabilidades de acordo com os riscos que oferecem para a infraestrutura.

Esse passo funciona como uma forma de guia para a correção dos problemas e qual será a solução para cada uma das brechas encontradas.

Por isso, é preciso conhecer bem o funcionamento dos sistemas, o que exige a participação de membros das equipes que compõem a análise.

Costuma-se aplicar uma escala de 1 a 5, tratando das informações:

  • Que são públicas;
  • Dados internos e não-confidenciais;
  • Informações sensíveis;
  • Dados que não podem ser visto nem por colaboradores;
  • Toda e qualquer informação confidencial.

5) Tratamento dos riscos

Após identificar e avaliar as vulnerabilidades, o tratamento é a próxima fase! Neste momento, a empresa irá mitigar os problemas detectados o quanto antes para não prejudicar a segurança da corporação.

6) Testes de invasão (pentest)

Após utilizar o scan de vulnerabilidades, uma ação importante é realizar testes (pentest) para avaliar a segurança dos sistemas em caso de invasão. Esse cuidado também é importante para verificar falhas que ainda não haviam sido identificadas.

Vale destacar que os testes devem respeitar uma estratégia, simulando ações de hackers e criminosos em diversos níveis.

7) Crie uma rotina de gestão de vulnerabilidade

A gestão de vulnerabilidade deve ser algo rotineiro e constante na rotina da empresa. Não pode ser feita uma vez e esquecida logo após. Por isso, criar uma rotina e determinar períodos específicos para essa demanda é fundamental!

Para facilitar, uma decisão estratégica é adotar sistemas específicos para realizar as análises e varreduras de maneira automática.

8) Tenha uma política de segurança

Outra medida importante é adotar a segurança do sistema de redes como uma prática de gestão, para que a empresa minimize aos máximos os riscos.

Para isso, crie políticas específicas para esse objetivo, incluindo práticas que envolvam manutenção de equipamentos, monitoramento de sistemas, prevenção de problemas, etc.

9) Treinamento e capacitação de colaboradores

Se é preciso ter uma política de segurança, o treinamento de colaboradores deve estar entre as medidas prioritárias. Afinal, eles devem entender a segurança dos dados como uma prioridade.

Para isso, tenha uma rotina de boas práticas, reforce treinamentos específicos e invista na capacitação dos profissionais. As falhas humanas são uma das principais entradas para ataques e vulnerabilidades, então esse cuidado faz parte de um importante processo preventivo.

10) Gestão de mudanças

Tenha sempre um controle de versionamento de sistemas e das alterações que ocorrem de forma dinâmica na sua infraestrutura de TI, elas podem gerar novas vulnerabilidades e brechas na sua segurança. Testar essas mudanças no ambiente de desenvolvimento é essencial.

Quais são os benefícios da gestão de vulnerabilidades?

Além de garantir um sistema mais seguro, a gestão de vulnerabilidades também agrega outras vantagens para a empresa, como:

  • Estar em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados);
  • Ganhar mais agilidade na identificação de falhas;
  • Garantir alta integridade e confidencialidade dos dados;
  • Economia de tempo e recursos financeiros;
  • Maior competitividade no mercado.

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Uma ferramenta essencial para mitigar riscos cibernéticos e proteger os ativos das empresas é o scanner de vulnerabilidades. Com soluções personalizadas para a sua empresa, o software atua de forma preventiva e corretiva.

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Outra funcionalidade é ordenar os pontos fracos encontrados de acordo com a sua gravidade, definindo uma ordem de prioridade para a correção. O Kayran também atua de forma assertiva, alcançando apenas riscos legítimos.

A ferramenta também possibilita a realização dos testes de invasão (pentests), agendar varreduras automáticas e analisar a efetividade das medidas corretivas aplicadas.

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Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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