Zero Trust como pilar da cibersegurança corporativa

Descubra como a abordagem Zero Trust está se tornando fundamental para a cibersegurança corporativa.

22/08/2024 Aprox. 9min.
Zero Trust como pilar da cibersegurança corporativa

Zero Trust é um modelo de segurança cibernética que desafia o conceito tradicional de perímetro de confiança, onde os sistemas internos de uma rede eram automaticamente considerados confiáveis. 

No modelo Zero Trust, nada é confiável por padrão, independentemente de sua localização, seja dentro ou fora da rede corporativa. Cada solicitação de acesso é tratada como potencialmente maliciosa e deve ser validada e autenticada antes de conceder qualquer permissão. 

Comparado aos modelos tradicionais de segurança que confiam nas barreiras do perímetro, o Zero Trust oferece uma abordagem mais dinâmica e adaptativa, adequada para o ambiente digital atual. Nos modelos convencionais, uma vez que um usuário ou dispositivo estava dentro do perímetro, ele era geralmente considerado seguro.

Contudo, com o Zero Trust, cada acesso é verificado e monitorado, garantindo que apenas as identidades corretas acessem os recursos certos, sob as circunstâncias adequadas. Isso reduz drasticamente as chances de uma ameaça interna ou externa comprometer a rede e promove uma defesa mais robusta e resiliente.

Princípios fundamentais do Zero Trust

Os princípios fundamentais do Zero Trust formam a base de uma estratégia de segurança cibernética moderna e eficaz, pronta para enfrentar os desafios do ambiente digital moderno.

O primeiro princípio, "nunca confie, sempre verifique," é o pilar central do modelo Zero Trust. Diferente dos métodos tradicionais, onde os usuários e dispositivos dentro da rede são automaticamente confiáveis, o Zero Trust assume que qualquer entidade pode ser uma ameaça em potencial.

Isso significa que, independentemente de onde o acesso está sendo solicitado – seja interna ou externamente – todas as tentativas de acesso devem ser autenticadas e verificadas. Este princípio cria uma postura de segurança proativa, onde a confiança é conquistada e não concedida.

O controle de acesso baseado em identidade é outro elemento crucial do Zero Trust. Nesse modelo, o acesso a dados, aplicações e recursos não é determinado pela localização do usuário, mas pela verificação contínua de sua identidade. Isso envolve o uso de autenticação multifator (MFA), políticas de acesso baseado em funções (RBAC) e outras tecnologias que garantem que somente usuários autorizados tenham acesso a informações sensíveis.

Ainda, a microsegmentação e a segregação de redes são estratégias que complementam o modelo Zero Trust ao dividir a rede em pequenas zonas, cada uma com seus próprios controles de segurança. Isso significa que, mesmo que um invasor consiga comprometer uma parte da rede, seu movimento dentro dela será extremamente limitado. 

Benefícios de adotar Zero Trust na estratégia de segurança cibernética

Além dessa abordagem assegurar que cada usuário, dispositivo ou aplicação seja rigorosamente autenticado e autorizado a cada acesso, a implementação do Zero Trust reduz substancialmente a superfície de ataque, uma das principais vulnerabilidades em qualquer infraestrutura de TI. 

Ao fragmentar a rede em segmentos menores, protegidos por controles de acesso rigorosos, o Zero Trust limita a capacidade de invasores explorarem a rede de maneira lateral, mitigando o risco de que uma única violação possa comprometer todo o sistema. 

Outro benefício é a sua capacidade de ajudar as organizações a cumprir regulamentos de segurança e proteger dados sensíveis. Com políticas de controle de acesso rigorosas e auditorias constantes, as empresas conseguem demonstrar conformidade com normas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras regulamentações específicas do setor. Essa conformidade não só protege a empresa de penalidades legais, como também garante a segurança dos dados de clientes e parceiros, fortalecendo a confiança no ambiente digital da organização.

Assim, a adoção de uma arquitetura Zero Trust pode transformar profundamente a segurança cibernética de uma organização, mas requer uma abordagem estruturada e meticulosa para ser bem-sucedida. 

Zero Trust e a nuvem

A aplicação do modelo Zero Trust em ambientes de nuvem é importante para garantir uma segurança robusta e eficaz, dado o complexo panorama de TI moderno.

Em um ambiente de nuvem híbrida, onde as organizações utilizam uma combinação de recursos de nuvem pública e privada, e em um cenário multi-nuvem, onde vários provedores de nuvem são usados simultaneamente, a confiança implícita nas redes e sistemas tradicionais não é mais adequada.

Isso significa que, tanto para recursos na nuvem pública quanto para aqueles na nuvem privada, o acesso é concedido com base em políticas rigorosas que avaliam a identidade do usuário, a conformidade do dispositivo e o contexto da solicitação em tempo real.

Zero Trust também exige a aplicação de políticas detalhadas de acesso e de autenticação para cada aplicativo e dado, garantido que apenas as entidades autorizadas e com a necessidade específica de acesso possam interagir com os recursos.

Isso resulta em um controle mais granular e uma melhor visibilidade sobre as interações e o fluxo de dados, essencial para prevenir vazamentos e acessos não autorizados em um ambiente de nuvem dinâmico e altamente distribuído.

Zero Trust e o fator humano

O fator humano é uma das principais vulnerabilidades em qualquer estratégia de segurança cibernética. Sem uma compreensão clara das políticas de segurança e práticas recomendadas, os funcionários podem inadvertidamente comprometer a segurança da organização.

Portanto, a educação e o treinamento contínuos são essenciais para garantir que todos os membros da equipe estejam alinhados com as diretrizes de segurança e saibam como identificar e responder a possíveis ameaças.

Além disso, Zero Trust também aborda falhas humanas e erros de configuração de maneira proativa. Isso inclui o monitoramento e a correção de erros de configuração que possam criar vulnerabilidades. A capacidade de aplicar políticas de segurança granulares e de responder rapidamente a desvios ou erros ajuda a minimizar o impacto de falhas humanas e a proteger a integridade do sistema.

Na IB Cyber Security, estamos comprometidos em auxiliar sua empresa na adoção e implementação eficaz da abordagem Zero Trust. Oferecemos uma gama completa de soluções e serviços que se integram para proporcionar uma defesa robusta e adaptativa contra ameaças cibernéticas.

Portanto, desde a gestão de vulnerabilidades e monitoramento contínuo até o gerenciamento de identidades e proteção contra ataques sociais, nossa expertise está à disposição para ajudar a fortalecer sua postura de segurança.

Entre em contato conosco para descobrir como podemos personalizar nossas soluções para atender às necessidades específicas de sua organização.

Leia também:
Explorando as 6 camadas da segurança cibernética: soluções adequadas para cada desafio
Além dos antivírus: a eficiência da prevenção por decepção
O fator humano na cibersegurança e a importância da conscientização de funcionários

Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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