A era dos ataques fileless: Como invasores agem sem deixar rastros e como se proteger
Descubra como eles funcionam, por que são indetectáveis por EDRs tradicionais e como proteger sua empresa com tecnologias proativas.

Descubra como eles funcionam, por que são indetectáveis por EDRs tradicionais e como proteger sua empresa com tecnologias proativas.
A evolução dos ciberataques tem exigido das empresas uma mudança radical na forma como estruturam suas defesas. Uma das tendências mais perigosas é o crescimento dos ataques fileless, que operam inteiramente na memória e não deixam rastros em disco. Esses ataques se aproveitam de ferramentas e serviços legítimos do sistema para executar código malicioso, tornando-os praticamente invisíveis para soluções de antivírus e EDRs tradicionais.
Segundo o Ponemon Institute, os ataques sem arquivo têm 10 vezes mais chances de êxito do que os ataques baseados em arquivo. Isso demonstra não apenas o crescimento da tática, mas também a ineficiência dos modelos tradicionais de detecção.
Sendo assim, entender como esses ataques funcionam e como combatê-los é essencial para garantir a continuidade do negócio e proteger dados críticos. Este artigo apresenta um panorama abrangente sobre a tática fileless: como se estruturam, por que evitam detecção, e quais tecnologias e estratégias realmente funcionam na sua prevenção.
Diferentemente dos ataques tradicionais, que dependem da instalação de arquivos maliciosos no disco, os ataques fileless operam diretamente na memória RAM ou utilizam ferramentas do próprio sistema, como PowerShell, WMI ou scripts de macros. Eles exploram vulnerabilidades ou falhas de configuração para executar códigos que dificilmente geram artefatos persistentes, dificultando a investigação forense e a resposta a incidentes.
O principal diferencial dos ataques fileless é a sua capacidade de operar "sem ruído". Como não deixam rastros evidentes, sua detecção se torna altamente complexa. Além disso, são capazes de burlar soluções tradicionais de antivírus e EDRs, que foram concebidos para encontrar arquivos suspeitos em disco ou analisar comportamentos pós-execução.
Essa ameaça não é hipotética. Em 2022, o ataque contra a SolarWinds utilizou táticas fileless para manter a persistência sem levantar alertas imediatos. Isso demonstra o potencial de destruição e sigilo desses ataques, especialmente em ambientes corporativos.
Os pontos de entrada para ataques fileless são diversos, mas compartilham uma característica comum: abusam de aplicações legítimas para executar código malicioso. Um dos vetores mais comuns é o phishing com documentos maliciosos, que utilizam macros para acionar scripts em PowerShell. Mesmo quando bloqueadas as macros, ainda existem formas de execução por meio de comandos embutidos em arquivos PDF ou Excel.
Outro caminho é a exploração de vulnerabilidades em navegadores e plug-ins de terceiros. Um código pode ser executado na memória do navegador, escalando privilégios e permitindo movimentação lateral. Além disso, muitas dessas ameaças exploram Living off the Land Binaries (LOLBins), como rundll32.exe ou mshta.exe, que são ferramentas pré-instaladas no Windows.
Essas táticas permitem aos invasores manter uma aparência de normalidade, evitando alertas e dificultando a detecção por equipes SOC tradicionais. A variedade de vetores fileless exige um modelo de defesa que ultrapasse a simples análise de eventos e arquivos.
O modelo de segurança baseado em assinatura foi eficiente contra ameaças conhecidas, mas sua eficiência se reduz drasticamente diante de táticas fileless. Isso porque não há arquivos para serem escaneados. O ataque ocorre em tempo real, na memória, usando processos legítimos. Não há anomalia evidente até que o dano já tenha sido feito.
Mesmo EDRs, que analisam comportamento, enfrentam dificuldades ao identificar processos que, em teoria, são normais. A diferença entre uma execução legítima e maliciosa é sutil e, muitas vezes, o sistema só reage após o comprometimento. Isso expõe as empresas ao risco de dwell time prolongado e movimentação lateral.
A solução para esse desafio passa por tecnologias que atuam antes da execução, impedindo a ativação de código malicioso, mesmo que provenha de fontes "confiáveis". A prevenção em tempo real, baseada em engano, surge como uma estratégia fundamental nesse novo cenário.
As soluções baseadas em engano (deception) se tornaram essenciais no combate a ataques fileless, pois mudam a dinâmica da defesa: em vez de apenas reagir, elas confundem e desaceleram o invasor. Um exemplo é a plataforma da Deceptive Bytes, que simula um ambiente hostil e altera a percepção do atacante, fazendo-o acreditar que está sendo monitorado ou que está em um sistema sem valor.
Essa abordagem permite a identificação precoce do ataque e ativa bloqueios antes que o código seja executado. Como não depende de assinaturas ou de eventos anteriores, ela é altamente eficaz contra ameaças zero-day e ataques sofisticados. Além disso, ao coletar dados sobre as táticas do invasor, contribui para a inteligência de ameaças.
Ao adotar soluções como a Deceptive Bytes, a empresa ganha tempo de resposta, visibilidade e capacidade de neutralizar ameaças antes que causem impacto. É uma mudança de paradigma em relação à segurança reativa.
Além da adoção de tecnologias modernas, algumas boas práticas podem fortalecer a postura de segurança contra ataques fileless. A primeira delas é a restrição de execução de scripts e ferramentas administrativas. Bloquear PowerShell, macros e WMI quando não forem necessários reduz consideravelmente a superfície de ataque.
Outra medida essencial é a segmentação de rede e o controle de aplicações. Ao limitar o tráfego lateral e isolar sistemas críticos, a empresa evita que um ataque se espalhe. Políticas de acesso mínimo, autenticação multifator e aplicação rápida de patches também devem fazer parte de uma postura de segurança madura.
Por fim, a conscientização de usuários segue sendo um pilar fundamental. Ataques fileless frequentemente começam com um clique em um anexo ou link malicioso. Treinar equipes para identificar riscos e agir corretamente é uma defesa valiosa.
Portanto, os ataques fileless representam um salto significativo na sofisticação das ameaças digitais. Para enfrentá-los, as empresas precisam evoluir sua postura: adotar tecnologias proativas, como a Deceptive Bytes, aplicar boas práticas e manter uma cultura de segurança ativa e atualizada.
Na IB Cyber Security, atuamos com tecnologias israelenses de ponta que antecipam o ataque antes mesmo de sua execução. Acreditamos que prevenir é melhor que remediar, e que a segurança deve ser pensada como estratégia de continuidade de negócios.
Se você deseja entender como proteger sua empresa contra ameaças fileless e outras táticas modernas de ataque, entre em contato com a equipe da IB Cyber Security e agende uma demonstração personalizada.
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