Como evitar o compartilhamento de informações sensíveis

Proteja seus dados e mitigue riscos com soluções eficazes para evitar o compartilhamento de informações sensíveis na sua empresa

19/09/2024 Aprox. 11min.
Como evitar o compartilhamento de informações sensíveis

Nos últimos anos, o compartilhamento de informações sensíveis tornou-se uma das principais ameaças à segurança de empresas em todo o mundo.

De acordo com o Data Breach Investigations Report de 2023, da Verizon, 74% das violações de dados envolvem um elemento humano, incluindo erros e comportamentos negligentes de funcionários, como o envio incorreto de e-mails ou o uso de canais não seguros para transferir dados sensíveis.

Além disso, o estudo mostra que as tentativas de phishing aumentaram em comparação com o ano anterior, evidenciando o quanto a manipulação incorreta de informações nas empresas continua sendo explorada por cibercriminosos.

Nesse cenário, entender as vulnerabilidades associadas ao compartilhamento inadequado de dados é essencial para manter a integridade e a confidencialidade das operações corporativas.

Este artigo explora as causas comuns desses problemas e oferece estratégias e soluções tecnológicas para prevenir essas falhas, ajudando sua empresa a se proteger de ameaças e mitigar riscos.

O que são informações sensíveis?

Informações sensíveis são dados críticos e valiosos que, se expostos ou acessados de maneira inadequada, podem causar danos significativos a uma organização ou indivíduos. Essas informações podem assumir diversas formas e é fundamental que as empresas compreendam quais dados estão sob sua responsabilidade e como protegê-los adequadamente.

Tipos de informações sensíveis:

  1. Dados pessoais: Informações que identificam ou tornam identificável uma pessoa física, como CPF, RG, endereços, dados de saúde, informações financeiras, e dados de contato. 
  2. Dados financeiros: Detalhes relacionados a transações financeiras, contas bancárias, números de cartão de crédito, declarações de impostos ou qualquer dado sensível usado para movimentação de capital. 
  3. Segredos comerciais e propriedade intelectual: Informações confidenciais que fornecem vantagens competitivas, como fórmulas, processos industriais, metodologias exclusivas, patentes ou estratégias de mercado. 
  4. Dados de clientes e fornecedores: Informações relacionadas a transações, contratos e negociações com parceiros e clientes, que precisam ser protegidas tanto para manter a confiança quanto para garantir a conformidade com leis de privacidade e confidencialidade.
  5. Dados de funcionários: Informações de colaboradores, como histórico de emprego, dados salariais, registros médicos, entre outros, também são considerados sensíveis e devem ser protegidos para evitar violações à privacidade e possíveis litígios trabalhistas.

No Brasil, com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o tratamento inadequado de desses dados pode gerar penalidades severas para as empresas.

A importância da proteção dessas informações

A proteção de informações sensíveis vai além de uma simples medida de segurança digital; ela é vital para a sobrevivência e credibilidade de uma organização. Quando essas informações são expostas, as consequências podem ser devastadoras. Vazamentos de dados podem levar a perdas financeiras, processos judiciais, queda de confiança dos clientes e até mesmo à interrupção de operações comerciais. Além disso, a não conformidade com normas de segurança de dados, como a LGPD, pode resultar em multas significativas, que impactam diretamente o orçamento e a reputação da organização.

Principais riscos e consequências do compartilhamento inadequado de informações sensíveis

O compartilhamento de informações sensíveis, quando feito de forma inadequada, é uma das maiores ameaças à segurança corporativa. Quando informações críticas são expostas de maneira acidental ou maliciosa, os danos, como vazamento de dados e acessos não autorizados, podem ser significativos e difíceis de remediar.

Quanto às consequências, quando informações sensíveis de clientes, parceiros ou da própria organização são compartilhadas de maneira imprópria, a credibilidade da empresa pode ser severamente comprometida. 

Ressalta-se que a resposta a incidentes de segurança demanda tempo e recursos, desviando a atenção de atividades centrais e afetando a produtividade. Empresas com vulnerabilidades severas podem até mesmo enfrentar paralisações temporárias de seus sistemas, afetando a continuidade dos negócios.

Compliance e conformidade com normas de segurança: a importância da LGPD para as corporações

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em 2018 e plenamente vigente desde agosto de 2020, transformou o panorama da segurança e privacidade de dados no Brasil.

Inspirada na Regulamentação Geral de Proteção de Dados (GDPR) europeia, a LGPD estabelece regras claras sobre como as empresas devem coletar, armazenar, compartilhar e proteger os dados pessoais de cidadãos brasileiros. A não conformidade com essa legislação pode trazer sanções severas, que variam de advertências a multas de até 2% do faturamento bruto, limitadas a R$ 50 milhões por infração.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Grupo Daryus, consultoria especializada no tema, indica que 80% das empresas no Brasil ainda não estão completamente adequadas à LGPD.

Esses dados demonstram que, apesar do avanço, muitas corporações ainda estão lutando para alcançar a conformidade plena, o que aumenta os riscos de penalidades financeiras e danos à reputação.

A conformidade com a LGPD não é apenas uma obrigação legal, mas também uma estratégia de mitigação de riscos e uma forma de fortalecer a confiança com clientes e parceiros. A adoção de práticas de proteção de dados robustas gera uma série de benefícios tangíveis e intangíveis para as organizações:

  1. Mitigação de riscos jurídicos e financeiros;
  2. Construção de confiança com clientes e parceiros;
  3. Reputação corporativa;
  4. Vantagem competitiva no mercado; 
  5. Eficiência operacional. 

A adoção de práticas de compliance, a revisão de políticas e a implementação de novas tecnologias para garantir a conformidade podem otimizar fluxos de trabalho, melhorar a comunicação interna e reduzir o risco de erros humanos.

Respostas a incidentes de compartilhamento inadequado: como agir rápida e eficientemente

No cenário corporativo, ter um plano de resposta a incidentes bem estruturado é muito importante. Nessa perspectiva, nossos serviços e tecnologias desempenham um papel essencial na mitigação e resposta a esses incidentes.

1. Plano de resposta a incidentes

O plano de resposta a incidentes deve ser um componente fundamental da política de segurança da informação de qualquer organização. Este plano estabelece procedimentos claros para lidar com incidentes de segurança, desde a identificação até a mitigação de impactos e notificação às partes interessadas. Empresas que possuem um plano estruturado têm mais chances de controlar a situação rapidamente e evitar danos maiores.

2. Detecção rápida e notificação de incidentes

Um dos principais fatores de sucesso na resposta a incidentes é a detecção rápida. Quanto mais cedo um incidente for identificado, menor será o impacto e mais ágil será a resposta. Tecnologias como as da Cyrebro e Deceptive Bytes são ideais nesse sentido, pois atuam como ferramentas essenciais para monitoramento contínuo e em tempo real de ameaças.

3. Notificação rápida e conformidade com a LGPD

Além da detecção e contenção de incidentes, outro aspecto crucial é a notificação rápida às partes afetadas e às autoridades competentes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que as empresas notifiquem incidentes de vazamento de dados às autoridades e aos titulares dos dados em tempo hábil, evitando penalidades e garantindo a transparência necessária.

Nossos serviços de consultoria em cibersegurança são projetados para ajudar empresas a desenvolver e implementar planos de resposta robustos. Por meio da análise de maturidade em segurança e avaliações contínuas de vulnerabilidades, orientamos as organizações na preparação de cenários de resposta a incidentes.

Proteger as informações sensíveis de uma empresa não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de conscientização e preparo contínuo. O compartilhamento inadequado de dados pode ocorrer a qualquer momento, seja por falha humana, seja por ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados. Por isso, é fundamental que as corporações invistam em uma postura de segurança inteligente, combinando soluções tecnológicas avançadas com treinamentos adequados e uma resposta eficiente a incidentes.

Ao adotar uma estratégia que engloba tanto a prevenção quanto a resposta a incidentes, sua empresa estará preparada para enfrentar os desafios do compartilhamento de dados em um ambiente digital cada vez mais dinâmico.

Conte com a IB Cyber Security para encontrar as melhores soluções e ter consultoria especializada para seu negócio.

Leia também:
Cibersegurança: como descobrir o nível de maturidade de segurança de sua empresa
Zero Trust como pilar da cibersegurança corporativa
Segurança ofensiva: como elevar a proteção dos dados empresariais

Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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