Insights do DBIR da Verizon para melhorar suas estratégias de segurança cibernética

Descubra como aprimorar a maturidade de segurança da sua empresa e fortalecer suas estratégias de segurança

25/09/2024 Aprox. 8min.
Insights do DBIR da Verizon para melhorar suas estratégias de segurança cibernética

Hoje, qual é o nível de maturidade de segurança em sua empresa? Como está a sua postura de segurança?

A postura de segurança refere-se à maneira como uma organização gerencia sua segurança cibernética, abrangendo todas as políticas, práticas, controles e medidas adotadas para proteger sistemas, redes, dados e ativos digitais contra ameaças cibernéticas.

Em outras palavras, é o nível de prontidão e resiliência de uma empresa para prevenir, detectar, mitigar e responder a incidentes de segurança.

Um estudo recente da Verizon mostra que boa parte das empresas tem pouca preparação para lidar com as ameaças digitais. Segundo o relatório de investigações:

  • A exploração de vulnerabilidades teve 180% de aumento, quando comparada aos dados de 2023.
  • O ponto de entrada principal são as aplicações Web.
  • O tempo médio para remediar 50% das vulnerabilidades críticas é de 55 dias.

Portanto, para melhorar a postura de segurança das empresas, considerando esses dados, é fundamental adotar estratégias proativas e contínuas.

Estratégias de segurança cibernética para empresas

Considerando todas as camadas da superfície de ataque e diante do cenário que as empresas vivem em relação à segurança digital atualmente, estas são algumas das abordagens estratégicas que podem ser adotadas:

Validação de segurança contínua

Os dados citados acima mostram que validação de segurança contínua é fundamental. Isso envolve o uso de ferramentas que simulam ataques e testam as defesas da empresa de maneira regular, o que permite:

  • Testar continuamente as defesas de aplicativos web, o principal ponto de entrada para ataques, identificando e corrigindo vulnerabilidades antes que sejam exploradas;
  • Detectar rapidamente novas falhas à medida que surgem e validar se as correções estão efetivamente protegendo o ambiente.
  • Garantir que atualizações e patches não introduzam novas vulnerabilidades e que as medidas de segurança implementadas sejam eficazes a longo prazo.

Ferramentas como a Pentera podem ser usadas para automatizar essa validação, testando continuamente a eficácia das defesas contra ameaças simuladas em um ambiente controlado.

Prioridade para Aplicações Web

Dado que o ponto de entrada principal são as aplicações web, é importante que as empresas:

  • Implementem práticas de desenvolvimento seguro para reduzir a introdução de vulnerabilidades durante o desenvolvimento de software.
  • Realizem testes de penetração regulares em aplicações web para identificar fraquezas antes que os invasores as explorem.
  • Utilizem firewalls de aplicações web (WAFs) para proteger contra ataques comuns, como SQL injection e Cross-Site Scripting (XSS).

Acelerar a remediação de vulnerabilidades

Com um tempo médio de 55 dias para remediar 50% das vulnerabilidades críticas, é importante acelerar esse processo para reduzir a exposição a ataques. Para tanto, é necessário:

  • Automatizar a gestão de patches para agilizar a aplicação de correções em larga escala e garantir que vulnerabilidades conhecidas sejam corrigidas o mais rápido possível.
  • Segmentar a rede para isolar aplicações e dados críticos, diminuindo o impacto de possíveis ataques até que as correções sejam aplicadas.
  • Fazer a priorização baseada em riscos: nem todas as vulnerabilidades são igualmente críticas. As empresas devem focar primeiro nas vulnerabilidades que apresentam maior risco (baseadas em probabilidade de exploração e impacto potencial).

Treinamento de equipe e conscientização

Muitos dos ataques bem-sucedidos, como os baseados em vulnerabilidades de aplicativos web, resultam da falta de treinamento e conscientização da equipe de desenvolvimento e operação. Portanto, treinamentos de desenvolvimento seguro devem ser oferecidos para equipes de TI e desenvolvedores, garantindo que eles saibam como identificar e evitar vulnerabilidades ao criar ou manter sistemas.

Além disso, programas de conscientização sobre segurança cibernética devem ser aplicados para todos os colaboradores, especialmente para evitar ataques como phishing, que podem fornecer acesso inicial a sistemas.

Resposta automatizada a incidentes 

Dada a velocidade e complexidade dos ataques modernos, automatizar a resposta a incidentes é essencial para mitigar o impacto de vulnerabilidades exploradas. Isso pode ser feito através de:

  • SOAR (Security Orchestration, Automation, and Response): plataformas como Cyrebro ajudam a automatizar a detecção e resposta a ameaças, permitindo que a empresa atue rapidamente contra incidentes de segurança, mesmo antes que todas as vulnerabilidades sejam corrigidas.
  • Inteligência artificial e machine learning para identificar padrões de comportamento anômalo que possam indicar exploração de vulnerabilidades e automaticamente conter o ataque.

Auditorias de segurança e revisões regulares

Para manter uma postura de segurança sólida, as empresas devem realizar auditorias de segurança periódicas e revisões de políticas de segurança.

Isso garante que as vulnerabilidades sejam continuamente monitoradas e tratadas de acordo com as melhores práticas e padrões de conformidade e que as políticas de segurança e controles de acesso sejam atualizadas à medida que novas vulnerabilidades e ameaças surgem, especialmente em ambientes dinâmicos como aplicações web.

Implementação de Zero Trust

O modelo de Zero Trust parte do princípio de que nenhum dispositivo ou usuário deve ser confiável por padrão, mesmo dentro da rede corporativa, como explicamos aqui. Para mitigar ataques que exploram vulnerabilidades, esse modelo envolve:

  • Verificação contínua de todas as interações, tanto de usuários quanto de dispositivos.
  • Aplicação de autenticação multifator (MFA) para todas as contas e acessos.
  • Revisão constante de privilégios de acesso para garantir que os colaboradores só tenham acesso às informações necessárias para suas funções.

Essas estratégias, quando aplicadas de forma combinada, ajudam a reduzir o impacto de vulnerabilidades críticas e a fortalecer a postura de segurança corporativa.

A adoção de uma abordagem proativa, contínua e baseada em riscos, com ferramentas como as que estão presentes em nosso portfólio, permitirá que as empresas lidem melhor com as ameaças crescentes e minimizem o impacto de novas vulnerabilidades críticas.

Fale com nossos especialistas para descobrir o nível de maturidade de segurança da sua empresa, identificar as brechas e encontrar a solução ideal para proteger seus negócios das ameaças cibernéticas.

Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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